O livro “Caminando” traz relatos emocionantes sobre a expedição que se inicia em Assunção e vai em direção a Buenos Aires, seguindo os passos dos jesuítas, especialmente os do Pe. Roque Gonzales de Santa Cruz.
Essa é a história vivenciada por um peregrino, viajante, andante deste século, um pesquisador, profundo admirador da história missioneira…. Um ou outro, ora coberto de fé, ora cheio de coragem e religiosidade; ora temeroso, mas muito determinado a completar sua jornada.
O livro Caminando traz relatos emocionantes sobre a expedição que iniciou em Assunção, e dirigiu-se a Buenos Aires, seguindo os passos dos jesuítas, especialmente os do Padre Roque Gonzales de Santa Cruz.
É a história vivenciada por um peregrino, um andante, viajante, pesquisador, prometedor – um ou outro – ora coberto de fé, ora cheio de coragem; ora temeroso e hesitante, mas determinado a completar sua jornada e, para isso, vencer todas as barreiras impostas pelo próprio caminho, pelo clima ou pelas circunstâncias diversas.
Na visão do próprio Professor Sergio Venturini, autor do livro do livro Caminando:
“Minha motivação para caminhar por esta região nasceu da vontade de conhecer mais sobre a emocionante história das Missões jesuítico-guaranis; do desejo de honrar o Padre Roque Gonzales; de espalhar o conhecimento sobre o belo trabalho dos jesuítas com os indígenas do grupo Guarani. Além disso, buscava fazer contato com pessoas das mais diversas áreas do conhecimento da região, com o objetivo de melhorar meu desempenho como professor de História em minha Terra Rio-grandense-missioneira irrigada com o sangue dos três Santos Mártires da Igreja Católica, praticamente ignorados pela população regional. ”
No começo era tudo Mboyeré, tudo misturado. Deus separou então a terra da água mas a terra não se sustentava e toda vez que chovia a água tirou e misturou tudo de novo. Então eles fizeram as plantas para sustentar o solo. Mas os frutos das plantas. Então eles fizeram os bichos para comer as frutas, mas eles não eram organizados, então tinham que fazer o homem cuidar. O primeiro homem que fizeram foi o índio para cuidar da floresta e
tudo que foi criado e depois branquearam, para cuidar e
ordenar as riquezas.
Por isso os Guaranis têm que rezar para mandar a chuva, o
ventos, para a saúde e para que não venham novas doenças. Os Guaranis precisam de paz porque se estão incomodados não podem falar com
Deus”
“Quando vamos caçar temos regras e formas de cumprir, temos que
peça licença ao “dono” dos animais que vamos caçar. Se agirmos
tudo correrá bem para nós, não teremos acidentes nas montanhas e teremos animais para comer Se não fizermos as coisas direito, se caçarmos muitos animais ou não os utilizamos bem, se deixarmos a carne sem uso, o “dono” da os animais ficam com raiva e pedem contas ao nosso Deus que por sua vez nos pune por não cumprir Às vezes ele tira um filho de nós. É como um confronto entre nosso Deus e o Deus dos animais. Isso tem que ser feito em ordem.”(Cacique Antonio Pereyra).
Nasceu em Ivorá (RS), em 1953. Concluiu o Curso Superior de História na Faculdade da Imaculada Conceição, em Santa Maria – RS, e Pós-Graduação em Metodologia de Ensino pela UNIJUI, no município de Ijuí-RS.
Atuou como professor de História, Geografia e
Organização Social e Política do Brasil. Ensinou e dirigiu centros de ensino fundamental e médio em São Luis Gonzaga (RS), bem como outros encargos na região das Missões onde reside. Vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Luís Gonzaga (RS). Consultor de História e Turismo nas Missões Jesuíticas Guarani. Criador da “Trilha dos Santos Mártires das Missões”
Por seu trabalho de pesquisa e divulgação, recebeu várias distinções em sua terra e na Argentina e Paraguai. Membro Honorário da Associação”Flor do Deserto” (Misiones-Argentina); diploma de Reconhecimento da Universidade Católica “Nossa Senhora da Assunção” (Itapúa, Paraguai); Certificado de Reconhecimento do Instituto Superior “Ruiz de Montoya” (Misiones-Argentina) pela divulgação da história das Missões; Patrono da 35ª Feira de Livro de São Luís Gonzaga (RS); convidado de honra da cidade de Puerto Iguazú (Misiones-Argentina), para participação como palestrante no IX Encontro de Escritores do Mercosul.